Crianças Aprendendo à Comer

Por ser apaixonada por nutrição, amar cozinhar e ter uma filha pequena, acho importante abordar o assunto sobre a alimentação dos pequenos. A primeira coisa que noto nos pais brasileiros residentes em NY é a dificuldade que encontram para escolher uma alimentação adequada aos seus filhos. Na maioria das vezes não é por falta de vontade, mas sim de conhecimento. E morando numa cidade um tanto estressante como NY, fica muito fácil cair na tentação de alimentá-los do jeito mais conveniente para os pais, com comidas semi prontas, industrializadas e congeladas. Mas como esses pais brasileiros cresceram na rica cultura do arroz e feijão, já pressentem o que é bom e o que não é para o seu filho. Não é pra menos, pois a diferença nas duas culturas em relação a alimentação é muito grande.

No Brasil, boa parte das crianças com o devido acesso à comida, se alimentam bem. A comida é na maioria dos casos fresca e feita em casa. O prato de uma criança típica brasileira normalmente se constitui de arroz, feijão, um tipo de carne e legumes, tudo feito em casa e com amor. Uma alimentação saudável na infância, regada de legumes, vegetais e grãos integrais é muito importante para cultivar um paladar saudável para o resto da vida. Ensinar uma criança a comer é muito semelhante à ensiná-lo uma nova língua. Se os pais comerem bem e exporem as crianças à comidas saudáveis, as crianças crescerão com esse hábito sem o menor esforço. Mas se a criança crescer comendo processados, congelados e refrigerantes, será muito mais difícil que ela se habitue a um estilo de alimentação mais saudável quando atingir a idade adulta. Do mesmo jeito que acontece com o aprendizado de uma segunda língua. É muito mais fácil aprender uma língua na infância do que na idade adulta. 

Já por outro lado, em NY muitos dos bebês e crianças que vejo nas pracinhas se alimentam com comida pré-pronta e papinhas industrializadas justificados por facilitar o trabalho dos pais (no Brasil já vejo este mesmo tipo de comportamento acontecendo. Não estou dizendo que em NY as crianças comem mal e no Brasil elas comem bem, mas sim que herdamos da cultura brasileira uma boa alimentação e os americanos herdaram o “fast food”). Mas essas comidas, cheias de sal e açúcar, comprometem a saúde da criança. Sim, a curto prazo o custo benefício de uma papinha industrializada pode valer a pena para poupar tempo. Mas quando a criança começar a ir ao pediatria corriqueiramente devido a problemas causados por uma alimentação inadequada, o tempo poupado com as papinhas serão gastos nos consultório médicos.

Sempre me preocupei com a alimentação da minha filha. Ela só foi experimentar açúcar e carne vermelha com 3 anos de idade quando estava de férias com os avós. Suas refeições sempre foram compostas de grãos integrais (arroz integral, quinoa e painço), verduras, legumes, feijões (azuki, tofu, mulatinho, lentilha), e de vez em quando um peixe ou um ovo. Não me importo que ela se delicie com os doces e salgados de ocasiões especiais, por que ela sabe que são comidas para serem apreciadas em ocasiões ESPECIAIS, e jamais para serem consumidas numa mesa de jantar. Assim tenho a esperança de que ela saiba discernir comida versus besteiras e que quando ela tiver os seus próprios filhos, ela lembre do sabor da comida da sua infância e faça questão de passar esse sabor para a sua nova família. Pois acho que um dos melhores presentes que um pai pode dar para um filho, é uma boa alimentação na infancia e no meu da minha filha, se vier acompanhado de uma segunda língua, melhor ainda!

Natto – Faz Bem ao Coração!

Você já ouviu falar em Natto? Natto é um produto feito com grãos de soja fermentado. Ele já vem sendo produzido e consumido pelos japoneses há mais de mil anos. Sua textura viscosa e pegajosa, seu cheiro pungente e sabor forte muitas vezes faz com que as pessoas não o experimente. Mas, se bem preparado e servido com arroz (de preferência, arroz integral), certamente vale a pena experimentar.

Apesar do gosto e da aparência, o Natto reduz a viscosidade do sangue (espessura) e dissolve coágulos sangüíneos, ajudando assim a minimizar muitos sintomas e sequelas de doenças cardiovasculares. Em 1980, o químico Hiroyuki Sume descobriu uma enzima presente no Natto que é responsável por afinar o sangue e a ela deu o nome de nattokinase. A nattokinase é também eficiente na prevenção do enrigecimento das artérias e arteriosclerosis.

Então, se você deseja se prevenir contra doenças cardiovasculares, ou se você já é portador e deseja reverter este diagnóstico, consuma Natto algumas vezes na semana. Mas se for muito difícil pra você por causa do seu sabor intenso, você pode então tomar a nattokinase em cápsulas. A única advertência a ser feita sobre comer natto ou tomar comprimidos de nattokiase, é que nunca deve ser ingerido em conjunto com qualquer outro agente que afine o sangue, como antioxidantes, aspirina, ginko biloba, alho e vitamina E.

Fonte: The Encyclopedia of Medical Breakthroughs & Forbidden Treatments: Health Secrets & Little-Known Therapies for Specific Health Conditions from A-To-Z
 

Chlorella – Uma Alga Verde Carregada de Nutrientes Essenciais

Um dia
eu estava procurando na Internet uma alga para ser usada como suplemento na
dieta da minha família, quando me deparei
com a Chlorella. Dois dias depois, pra minha surpresa, eu pude ver esta alga
através de um microscópio na minha aula de microbiologia. Fiquei tão feliz em ver aquele microorganismo verde brilhante, que decidi por
escrever um pouco sobre ele.

A Chlorella é uma
alga unicelular muito pequena que cresce dentro da água, contendo um núcleo e uma enorme
quantidade de clorofila. A Chlorella tem sido utilizada como suplemento alimentar por centenas
de anos por tribos nativas, mas foi somente em meados dos anos 40 que
pesquisadores acreditaram que a tal alga poderia ser usada para alimentar a
crescente população mundial. Essa alga foi
escolhida por cientistas, ao invés de outros alimentos,
pela grande quantidade de proteína nela contida (58%),
além das muitas vitaminas e minerais (vitaminas
do complexo B, vitamina C e E, magnésio,
potássio, cálcio,
zinco e outras). Ela também tem gorduras, carboídratos e fibras. Porém, a presença da vitamina B12 e sua digestibilidade humana ainda é discutida, pois diferentes estudos mostram diferentes resultados
(positivo e negativo). 
Resumindo, a Chlorella contém a mais ampla gama de
nutrientes já encontrada em uma única fonte alimentar. Mas o custo de produzir Chlorella em larga escala
é tão
alto que a indústria alimentícia optou por investir em soja e grãos integrais.

A Chlorella tem mais vitamina B12 do que um bife de fígado, e tem também uma grande quantidade de beta-caroteno, um antioxidante que inibe o desenvolvimento de radicais livres. A eficiência fotosintética dela permite a produção de mais proteína por área que qualquer outra planta. Além do mais, Chlorella contém todos os vinte aminoácidos (os essenciais e os não essenciais), portanto tornando-se uma proteína completa. Esta é uma excelente notícia para os vegetarianos que geralmente dependem da mistura de proteínas incompletas como arroz e feijão para adquirir proteína suficiente.

A chlorella oferece muitos outros benefícios a saúde do homem. Um deles é a ajuda na desintoxicação e oxigenação do sangue garantido pela presença de clorofila, pois a chorella tem a maior quantidade de clorofila já encontrada em uma planta. A clorofila, junto com outros elementos coleta as toxinas e as expulsam do organismo; fazendo um tipo de varredura no sangue. A elevada quantidade dos ácidos nucleicos, DNA e RNA, contidas na Chlorella ajuda na proteção contra os efeitos da radiação ultra-violeta. A luteína, um outro nutriente encontrado na alga, é tido como estimulador de boa visão.

Eu pesquisei entre as marcas que vendem Chlorella como suplemento alimentar e avalio a Sun Chlorella USA como a melhor. Chlorella é uma planta, portanto as paredes das suas células são rígidas e precisam ser quebradas para que o ser humano possa digerir seu conteúdo. Esta marca é bastante cuidadosa com este processo, utilizando um equipamento que pulveriza a parede das células da planta sem o uso de aquecimento ou químicos, que podem causar danos aos preciosos nutrientes que ela guarda. http://www.sunchlorellausa.com

 

Michael Pollan – “Em Defesa da Comida”

Michael Pollan é um jornalista, autor de muitos livros sobre alternativas para uma alimentação saudável. No livro de sua autoria, “Em Defesa da Comida”, Pollan resume em algumas regras bem simples como se manter longe dos grandes monstros dos produtos alimentícios industrializados, e assim voltar a praticar uma alimentação mais simples. Nesse vídeo ele debate as ideias do seu livro com o auditório da Google’s Mountain View, na Califórnia.

Escolhi compartilhar este vídeo porque Pollan e eu dividimos muitas ideias em comum, e por achar que ele resume bem a nova maneria de pensar na nutrição, no meio-ambiente, e saúde pessoal. Os conselhos dele podem ajudar muitas pessoas a repensar seus hábitos alimentares, e assim fazer as mudanças necessárias para mudar o rumo da sua saúde. No video ele debate o a manteiga vs margarina, a indústria alimentícia, o real valor da comida junk e muito mais.

Também sei que para muitos de vocês que lêem o meu blog, nem o conteúdo do vídeo, nem os pensamentos do autor são novidade. Porém, é sempre bom relembrar. E guarde pra sempre na memória: fique longe de alimentos industrializados o máximo possível, e assim você estará fazendo o melhor para a sua saúde e para o nosso planeta!!!!

 

 

A Importância da Mastigação

“Mastiguem bem e comam sem pressa”, essas eram as palavras do meu pai à mesa de jantar quando eu e meus irmãos éramos pequenos. Mas somente na minha adolescência, que decidi mudar minha atitude em relação a alimentação, incluindo o modo de comer. Coloquei em prática a boa mastigação e isso me trouxe muitos benefícios físicos, mentais e espirituais, e finalmente reconheci a importância da mastigação.

Há inúmeros benefícios físicos ligados ao ato de mastigar bem, e o principal deles é a boa digestão. Vitalidade, disposição e energia são conseqüências de uma digestão eficiente. Comer muito rápido, em muita quantidade ou alimentos de difícil digestão sem mastigá-los bem como saladas e carnes por exemplo, traz um tanto de cansaço, preguiça, irritabilidade, raiva, mau-humor e sono. Isso se dá porque o corpo foca sua energia na digestão, deixando as outras funções comprometidas.

A relação entre a mastigação e a digestão pode ser justificada por vários motivos. O primeiro deles é que a boca é um órgão que faz parte do sistema digestivo, sendo sua função muito importante para uma boa digestão. A boca contém dentes para quebrar fisicamente os alimentos e as glândulas salivares que fabricam a saliva para quebrá-los quimicamente. Quando se quebra os alimentos com os dentes em pedacinhos bem pequenos, os alimentos acabam se misturando mais à saliva, facilitando a ação das enzimas sobre o alimento para pré digeri-los. A amilase e lípase duas enzimas presentes na saliva que começam a digerir os carboidratos e gorduras respectivamente, ainda na boca, poupando assim o trabalho do pâncreas de fabricar e transportar enzimas para o intestino. Então mastigar bem um pão com manteiga poupa o pâncreas de trabalhar excessivamente.

Os nutrientes presentes no alimento que é bem mastigado ficam mais fáceis de serem absorvidos pelo intestino. Os vegetais por exemplo contem celulose que é um tipo de carboidrato impossível de ser digerido pelo organismo humano. Mas com uma boa mastigada numa folha de rúcula pode ajudar a quebrar a parede celular (celulose) facilitando a absorção dos nutrientes da rúcula. Essa eficiência na digestão e absorção de vitaminas e minerais presentes na comida, traz saciedade sem precisar comer demais. Pois com pouca comida, de alta qualidade nutricional e bem mastigada, o corpo consegue absorver a quantidade de nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo. Sem aquele desejo de quero mais depois da refeição…

Já os alimentos não bem mastigados, fermentam e apodrecem nas paredes dos intestinos provocando um acumulo de toxinas e gases. E caso a parede do intestino esteja machucada, as toxinas acumuladas dos alimentos mal digeridos podem vazar para a corrente sanguínea afetando o sistema imunológico e engrossando o sangue. 

A saliva quebra os carboidratos complexos como os amidos, em carboidratos simples como a glicose, então se bem mastigado, de 50-100 vezes, o arroz integral pode virar uma pastinha bem docinha ainda na boca! Para aqueles que necessitam inevitavelmente de doces após a refeição, aconselho praticar a boa mastigação. 

Ainda falando em doce, a mastigação ajuda os carboidratos simples a serem absorvidos mais lentamente pelo intestino, não elevando rapidamente o nível de açúcar no sangue e conseqüentemente não forçando a fabricação excessiva de insulina pelo pâncreas. E como a saliva é um meio altamente alcalino, ajuda a transformar um alimento muito ácido, para mais neutro, conservando assim a qualidade do sangue alcalino. 

Focar no ato da mastigação, nos faz comer mais devagar.  Por exemplo, um prato de comida que levaria 10 minutos para ser devorado, passa a levar tranquilamente 20 minutos. O cérebro também leva 18-20 minutos para receber o sinal que estamos satisfeitos. Então fazer uma refeição em menos de vinte minutos é pedir para repetir o prato e quem sabe acabar comendo mais do que necessário, provocando uma má digestão.

Por último, a mastigação prolongada não abre espaço para a gula. É muito difícil comer em excesso quando se mastiga bem. Então, o segredo para grandes banquetes como no natal, páscoa e feriados em geral é mastigar muito bem nas refeições para não cair na tentação da gula. Pois tão importante quanto a qualidade do alimento (nós somos o que comemos), é também a qualidade da sua digestão que é afetada pela mastigação (nós somos como comemos). 

Já o benefício mental que a boa mastigação me trouxe foi a clareza mental. Por mastigar bem, a minha digestão melhorou, comecei a acumular menos e menos toxinas até começar a eliminá-las no corpo com a ajuda de períodos de jejum. Ter a cabeça leve e a mente limpa é um dos melhores presentes da boa mastigação. Pode parecer exotérico demais, mas me sinto mais focada, determinada e alegre por causa da boa mastigação. Fechar os olhos, respirar fundo e mastigar bem, me fixa no presente e me leva a um estado meditativo! A cada bocado bem mastigado me elevo espiritualmente e me aproximo de Deus. Transbordo de alegria! Não custa tentar ser feliz pelo menos 3 vezes ao dia!!!

 

Raíz de Lótus para Tosse

A raíz de Lótus é excelente para combater a tosse e outros sintomas do sistema respiratório. Quando morávamos em NY e chegava a época do frio, com a mudança brusca de temperatura, minha filha começava a desenvolver uma tosse bem chatinha. Mas bastava eu substituir os líquidos da dieta pelo chá de raíz de lótus que ela ficava boa em poucos dias. O chá é bem leve com um gostinho bem suave, que ajuda a criança a aceitá-lo bem.

Não sei se já perceberam, mas tanto o agrião quanto a raíz de lótus são popularmente utilizados para combater problemas respiratórios. Eles têm uma semelhança física que pode ilustrar esse benefício para a respiração. Tanto a lótus quanto o agrião possuem orifícios que lembram os nossos brônquios e ajudam as plantas a conduzirem melhor a passagem de água e ar  ou seja, a “respirarem melhor”. A raiz de lótus ajuda a dissolver e expectorar o muco (catarro) do sistema respiratório aliviando sintomas de bronquite, tosse, gripe e resfriados.

A lótus pode ser preparada de varias maneiras e é muito usada na culinária oriental (indiana, chinesa, japonesa, etc). Mas para esse efeito medicinal, o sumo da raíz fresca é mais eficiente, principalmente no combate a gripe e resfriados acompanhados de tosse. Para tomar o sumo da lótus, é só ralar, espremer num pano fino ou passar numa peneira bem fina e consumir o caldo com gotinhas de gengibre fresco. Mas caso vc tenha dificuldade de encontrá-la fresca, pode comprar a lótus seca e fazer o seguinte chá:

4-5 fatias de raíz de lótus

2  copos de água

Deixe ferver, abaixe o fogo e cozinhe por 15 minutos.

Será que o Açúcar é o Combustível das Células Cancerosas?

Todos os nutricionistas, nos dias de hoje, concordam que o açúcar (sacarose) é uma caloria “vazia” por não conter nenhum outro nutriente além do carboidrato, o que o faz um dos responsáveis pela epidemia de obesidade no ocidente. Porém, os malefícios do açúcar não param por aí, pesquisas científicas têm demonstrado que o açúcar pode ser ainda pior do que o que já sabemos. Ele pode levar ao desenvolvimento de células cancerosas. Ele fornece apenas energia e nada mais! Além disso, enfraquece os ossos e impede que muitos outros nutrientes sejam absorvidos pelo nosso organismo.

Por faltar nutrientes no açúcar e, pelo fato dele também seqüestrar minerais (principalmente o cálcio) dos ossos, as pessoas precisam ingerir maior quantidade de alimentos nutritivos a fim de atender as necessidades nutricionais diárias do corpo. Dessa forma, no final das contas as pessoas terminam ganhando peso devido a grande quantidade de comida (calorias) consumida!!!

Hoje, graças aos estudos do Dr. Robert Lustig e a muitas outras pesquisas sobre o açúcar, sabemos que o organismo metaboliza o açúcar de maneira bem diferente daquela que ocorre com outros carboidratos, glicose ou amido. O açúcar refinado (sacarose) é um dissacarídeo composto de 50% de glicose e 50% de frutose. Enquanto a glicose é metabolizada pelo corpo inteiro, a frutose tem que ser metabolizada principalmente pelo fígado, que então a modifica para uma estrutura assimilável pelo nosso organismo. Se consumido em excesso, o fígado transforma o excesso de frutose em gordura. Assim, muita frutose pode levar a uma condição conhecida como “fígado gordo”. Porém os cientistas ainda não chegaram a conclusão de uma quantidade de consumo limite da frutose, que não comprometa a nossa saúde . Mas sabe-se que o típico americano já ingere açúcar suficiente para desenvolver diabetes e obesidade. Também sabe-se que a frutose em estado líquido, como é encontrada em sucos de frutas ou bebidas açucaradas e refrigerantes, pode acelerar o processo de tornar o fígado gordo.

O fígado gordo está relacionado a resistência à insulina. Esta é uma condição em que as células do corpo se tornam resistentes à ação do hormônio insulina, e assim o pâncreas tem que produzir mais quantidade de insulina para manter o nível de açúcar no sangue dentro da faixa normal. E é assim que as coisas se tornam assustadoras, pois a insulina parece fornecer o combustível que as células cancerosas necessitam para crescer e se multiplicar. Quanto maior a quantidade de insulina presente no organismo, maiores são as chances de células cancerosas crescerem e se multiplicarem.

Por fim, o açúcar estimula o fígado gordo, que por sua vez estimula a resistência à insulina. A resistência à insulina faz com que nosso organismo produza insulina demasiadamente, e termina assim criando um ambiente ideal para o crescimento de tumores.

Caso você tenha maior interesse nesse assunto, sugiro que assista a palestra do Dr Robert Lustig, “Sugar: The Bitter Truth”. Leia também o artigo “Is Sugar Toxic?”, de Gary Taubes no New York Times.

Arsênico no Arroz dos EUA

A “Food and Drug Administration” (FDA), a agência responsável por supervisionar a segurança do abastecimento de alimentos nos Estados Unidos, tem acompanhado o teor de arsênico por mais de 20 anos. Em Setembro de 2013 a “Food and Drug Administration” (FDA) chegou a analisar 1.300 amostras de arroz e seus derivados, como parte de um grande esforço para compreender os níves de arsênico no arroz e os possíveis riscos relacionados com o consumo desse alimento nos EUA.

O arsênico é um elemento encontrado na natureza principalmente no seu estado orgânico. Pode ser encontrado no ar, na água, no solo, em águas subterrâneas, pedras, e em metais como chumbo e cobre. Porém, altos níveis de arsênico inorgânico pode prejudicar a nossa saúde, pois é considerado mais tóxico para o cérebro e outros tecidos do corpo, contribuindo para o câncer, doenças cardíacas e alterações nas funções cognitivas.  Estudos epidemiológicos realizados em seres humanos têm demonstrado que a exposição a níveis relativamente elevados de arsênio inorgânico durante muitos anos provoca problemas de pele e aumenta o risco de doenças cardiovasculares assim como de certos tipos de câncer, tais como: de pele, bexiga, e pulmão, devido o seu efeito carcinogênico.

Meu grande interesse nesse assunto é porque durante os anos que morei nos Estados Unidos, a base da minha alimentação era o arroz integral. O arsênico é absorvido pelas plantas a partir do solo e da água. E como o arroz é cultivado na água, é o grão que contém o maior teor dessa substância. O arsênico tende a se acumular nas cascas do arroz, tornando o arroz integral mais contaminado que o arroz branco e polido devido justamente a sua integralidade.

O arroz integral contém cerca de 160 partes por bilhão (ppb) de arsênico inorgânico por porção, no cereal de arroz para bebês foi estimado 120ppb e no vinho de arroz 11ppb. Com base nesses números, os pesquisadores da FDA determinou que os níveis de arsênico inorgânico encontrados nas amostras eram baixos demais para causar problemas de saúde imediatos para o consumidor. Toxicologistas da FDA indicaram que a ingestão média diária de arsênico é  seguro para os consumidores, e não estabeleceram normas federais sobre os limites aceitáveis e arsênico na comida. E agora a agência americana está estudando os riscos à saúde do consumo de arroz e seus derivados a longo prazo!!!

Além da saúde da minha família, me preocupo também com essa explosão no consumo de alimentos sem glúten que tem, em sua maioria, o arroz como base. Espero que a FDA conclua o mais rápido suas pesquisas e determinem os níveis seguros de arsênico no alimento para assim, os profissionais de alimentação poderem seguramente aconselhar seus pacientes.

Até agora a FDA não recomenda a suspensão do consumo de arroz e seus derivados, mas recomenda sim que as pessoas se alimentem com uma dieta equilibrada contendo uma grande variedade de grãos para mitigar a exposição ao arsênico.

Lavar completamente o arroz. A FDA cita vários estudos que indicam que “lavar arroz completamente até que a água esteja clara (4-6 mudanças de água), reduz o teor total de arsênio em até cerca de 25-30 por cento”.

Verifique sempre o relatório de água municipal. “Verifique se o seu abastecimento de água local não tem níveis elevados de arsênico”, “Caso encontre níveis elevados, a lavagem do arroz pode torná-lo ainda pior. Mas caso tenha menos de 10 partes por bilhão, deve ajudar”.

Cozinhe e escorra o arroz como faz com as massas. “Sugerimos que use cerca de 6 medidas de água para cada medida de arroz,” Escorra a água depois de pronto. “A FDA diz que os estudos mostram a lavagem e cozimento em água em excesso pode reduzir os níveis totais de arsênio em 50 a 60 por cento. No entanto, deve-se notar que a lavagem também irá provavelmente reduzir a quantidade de seus nutrientes.

Sempre que possível opte por arroz aromático. Para aqueles que já são fãs do basmati indiano ou de arroz de jasmim tailandês, a notícia nem é assim tão ruim. De acordo com as centenas de resultados de testes divulgados recentemente, as variedades de arroz aromáticos apresentam os mais baixos níveis de arsênico inorgânico. Basmati importados e arroz de jasmim apresentaram cerca da metade a um oitavo do nível de arsênico presente em arroz “comuns’ cultivados no Sul dos EUA.

Não aconselho seguir todas essas recomendações pois algumas delas alteram o teor nutritivo do arroz. Mas concordo em optar por lavar bem o arroz antes de consumi-lo e se possível também deixá-lo de molho, e variar os cereais consumidos na dieta e inserir o painço, centeio, cevada, aveia, milho, amaranto, quinoa e outros… 

Doença Pulmonar da “Pipoca”

A bronquiolite obliterante é uma doença pulmonar desenvolvida através da exposição ao diacetil. O diacetil é uma substância de cor entre verde e amarelo (líquido ou em pó), encontrada numa variedade de alimentos e bebidas. Sua textura é viscosa e tem um gosto forte de caramelo. O diacetil é um subproduto natural derivado da conversão da glicose em etanol pela levedura durante a fermentação da cerveja, e também pode ser encontrada de forma natural e em baixos níveis no café, no vinagre, em laticínios, no mel, e em frutas. Ele é principalmente usado como aditivo químico em alimentos artificiais como chocolate, óleo de cozinha, doces processados, batatas fritas, entre outros.

O diacetil é o responsável pelo aroma e pelo sabor de manteiga das pipocas de microondas. Esta característica é o que vem causando o desenvolvimento de bronquiolite obliterante naqueles que trabalham no processo de fabricação de pipocas de microondas. Dezenas de pessoas que trabalham nessas fábricas, desenvolveram a doença devido a exposição prolongada ao diacetil.

Apesar da doença pulmonar da “pipoca” se desenvolver através da inalação do diacetil, duas pessoas nos Estados Unidos também desenvolveram doenças pulmonares parecidas com a bronquiolite obliterante pelo excesso de consumo da pipoca. Um deles foi Wayne Watson que afirmou ter consumido em média dois sacos de pipoca, sabor manteiga, por dia, nos últimos 10 anos. E para reparar um pouco o dano da doença, Watson ganhou na justiça o processo contra o fabricante da pipoca Gilster-Mary Lee Corp. e recebeu 7 milhões de dólares. Não acho natural e muito menos saudável alguém comer 2 sacos de pipoca por dia, mas acho importante sabermos o que contem na nossa comida. Wayne Watson errou e o fabricante da pipoca também. E os dois pagaram por isso. cbsnews

As pessoas afetadas pela toxicidade do diacetil geralmente desenvolvem falta de ar e enrijecimento do tecido pulmonar, que podem ser confundidos e diagnosticados como asma ou bronquite. E uma doença grave que se não for tratada oferece riscos a vida.

Alguns estados americanos já baniram o diacetil do ambiente de trabalho para que a saúde dos trabalhadores seja preservada. Então, a melhor forma de fazer pipoca é mesmo na panela e se quiser manteiga, a derreta você mesmo (mas com moderação). Sua pipoca nunca terá a aparência nem o sabor das de microondas ou as do cinema, pois o que eles usam não é manteiga de verdade. Aquele “manteiga” derretida do cinema é na verdade um líquido oleoso que contém diacetil para dar a cor amarela e o sabor de manteiga.

VAMOS COMER COMIDA, COMIDA DE VERDADE!

 

Foto ilustrativa retirada do google.