Todos os nutricionistas, nos dias de hoje, concordam que o açúcar (sacarose) é uma caloria “vazia” por não conter nenhum outro nutriente além do carboidrato, o que o faz um dos responsáveis pela epidemia de obesidade no ocidente. Porém, os malefícios do açúcar não param por aí, pesquisas científicas têm demonstrado que o açúcar pode ser ainda pior do que o que já sabemos. Ele pode levar ao desenvolvimento de células cancerosas. Ele fornece apenas energia e nada mais! Além disso, enfraquece os ossos e impede que muitos outros nutrientes sejam absorvidos pelo nosso organismo.
Por faltar nutrientes no açúcar e, pelo fato dele também seqüestrar minerais (principalmente o cálcio) dos ossos, as pessoas precisam ingerir maior quantidade de alimentos nutritivos a fim de atender as necessidades nutricionais diárias do corpo. Dessa forma, no final das contas as pessoas terminam ganhando peso devido a grande quantidade de comida (calorias) consumida!!!
Hoje, graças aos estudos do Dr. Robert Lustig e a muitas outras pesquisas sobre o açúcar, sabemos que o organismo metaboliza o açúcar de maneira bem diferente daquela que ocorre com outros carboidratos, glicose ou amido. O açúcar refinado (sacarose) é um dissacarídeo composto de 50% de glicose e 50% de frutose. Enquanto a glicose é metabolizada pelo corpo inteiro, a frutose tem que ser metabolizada principalmente pelo fígado, que então a modifica para uma estrutura assimilável pelo nosso organismo. Se consumido em excesso, o fígado transforma o excesso de frutose em gordura. Assim, muita frutose pode levar a uma condição conhecida como “fígado gordo”. Porém os cientistas ainda não chegaram a conclusão de uma quantidade de consumo limite da frutose, que não comprometa a nossa saúde . Mas sabe-se que o típico americano já ingere açúcar suficiente para desenvolver diabetes e obesidade. Também sabe-se que a frutose em estado líquido, como é encontrada em sucos de frutas ou bebidas açucaradas e refrigerantes, pode acelerar o processo de tornar o fígado gordo.
O fígado gordo está relacionado a resistência à insulina. Esta é uma condição em que as células do corpo se tornam resistentes à ação do hormônio insulina, e assim o pâncreas tem que produzir mais quantidade de insulina para manter o nível de açúcar no sangue dentro da faixa normal. E é assim que as coisas se tornam assustadoras, pois a insulina parece fornecer o combustível que as células cancerosas necessitam para crescer e se multiplicar. Quanto maior a quantidade de insulina presente no organismo, maiores são as chances de células cancerosas crescerem e se multiplicarem.
Por fim, o açúcar estimula o fígado gordo, que por sua vez estimula a resistência à insulina. A resistência à insulina faz com que nosso organismo produza insulina demasiadamente, e termina assim criando um ambiente ideal para o crescimento de tumores.
Caso você tenha maior interesse nesse assunto, sugiro que assista a palestra do Dr Robert Lustig, “Sugar: The Bitter Truth”. Leia também o artigo “Is Sugar Toxic?”, de Gary Taubes no New York Times.