Merenda Escolar Não É Exceção

Fico contente em ver muitas pessoas apoiando uma alimentação saudável e consciente. Ao mesmo tempo entendo algumas pessoas criticarem a marmita da minha filha, pois acredito que elas não enxergam a alimentação como uma ferramenta política, econômica, social, ambiental e de saúde. Eu acredito que podemos mudar o mundo através da alimentação e são esses valores que quero passar para a minha filha no dia a dia. Tem gente que escolhe a música, tem gente que prefere a politica, outros preferem o esporte, a pintura ou os livros para lutar por um mundo melhor. No meu caso, escolhi a comida!!!

Coloco banana da terra e batata doce na lancheira da minha filha primeiramente porque ela GOSTA. Os outros motivos são diversos, porém complementares.

  • Com a batata-doce e a banana da terra consigo mostrar pra ela o verdadeiro sabor da nossa terra, pra ela se lembrar que o sabor da infância era um sabor natural do Brasil e não de alguma formula artificial fabricada em laboratório.
  • Me importo com a saúde da minha filha e por isso presto atenção na alimentação dela. Não considero biscoito recheado, salgadinho de pacotinho, e achocolatados como alimentos e sim produtos maquiados de alimentos que iludem tanto os pais quanto as crianças com seus poderes viciantes. Não quero deixar a minha filha dependente de uma indústria, quero educá-la para ser independente, poder preparar o próprio alimento e escolher o que quiser para comer no jantar.
  • Nenhum lixo foi produzido com a merenda da Flor, fiz a granola em casa e a casca da banana virou adubo pra nossa pequena horta caseira. Porém, se tivesse colocado uma caixinha de achocolatado, um pacotinho de bolacha agua e sal e uma barrinha de cereal industrializada, seriam mais 3 embalagens jogadas no lixo que levariam milhares de anos para desintegrar.

Me lembro que quando eu era pequena o lanche servido na minha escola era pão com manteiga, biscoito recheado, sucos e café com leite. Já mais velha, tínhamos que comprar nosso próprio lanche na cantina que oferecia refrigerantes, salgadinhos, sanduiches, sorvetes, balas e chocolates. Com essa oferta, a criança cresce com uma má referência e influência na alimentação através da escola. Se os pais não forem conscientes e responsáveis pela alimentação dos filhos, incentivando o consumo de vegetais, frutas, legumes e cereais, eles crescem com o paladar já viciado em produtos industrializados, altamente açucarados e engordurados (com açúcar e gordura de péssima qualidade) que podem afetar sua saúde física e mental. Enquanto muitas cantinas forem grandes influências para uma alimentação de baixa qualidade, a saída é mandar a merenda das crianças de casa. E vale lembrar que a merenda escolar não é sinônimo de besteira, não é uma festa de aniversário ou uma ocasião especial, é o lanche que o seu filho come 5 vezes por semana, é a construção de um hábito. Então biscoitos recheados, salgadinhos, bolo industrializado e refrigerante não devem fazer parte de um lanche escolar.

Os valores estão invertidos na nossa sociedade. Muitas pessoas acreditam que saúde é sinônimo de mais hospitais, quando o ideal seria acreditar na promoção de uma alimentação e estilo de vida saudável para que não precisássemos de mais hospitais. Educação não é só falar por favor e obrigada e sim saber fazer escolhas que afetem o mínimo possível aos outros e ao meio-ambiente. Então, quando a sociedade enxergar a alimentação saudável como um investimento e garantia de qualidade de vida, quando cozinharmos pensando e respeitando a saúde do corpo, da terra e dos produtores, aí sim conseguiremos construir um futuro melhor.

 

Aveia, um grão naturalmente sem glúten

No ano passado escrevi no meu antigo blog sobre a aveia e o glúten, um assunto que hoje interessa a muita gente. E depois que meu programa foi ao ar ontem, algumas pessoas ficaram super curiosas e pediram mais informação sobre esse assunto. Então vamos lá.

O grão de aveia por natureza não contém glúten!!! http://www.cureceliacdisease.org/archives/faq/do-oats-contain-gluten

O glúten é o um tipo de proteína encontrado em cereais como o trigo, centeio e cevada. A aveia possui outro tipo de proteína chamada de avenalina. Mas para que a aveia e seus os produtos permaneçam livres de glúten, é importante ter certeza de que eles não entraram em contato com cereais que contenham glúten em alguma fase do processamento, desde o plantio, colheita, transporte e moagem.

A aveia é normalmente cultivada no mesmo terreno que o trigo, centeio e cevada em um processo chamado de rotação, onde uma temporada eles plantam a aveia, na outra plantam o trigo, depois o centeio e voltam a plantar a aveia novamente. Mas apesar do fato de que o sistema de rotação é uma das melhores maneiras de manter a terra naturalmente fértil, esse processo pode deixar para trás algumas sementes de centeio, cevada ou trigo que levam a contaminação da plantação de aveia pelo glúten.

Outra possível forma de contaminação é durante o transporte da aveia que pode ser mantida em recipientes que tenham armazenado grãos ricos glúten previamente. Só por compartilhar os mesmos recipientes que o trigo pot exemplo, a aveia pode ser contaminada por traços de glúten.

E a forma mais comum de contaminação no entanto, é durante o processamento. O processo de moagem da aveia, se realizado no mesmo equipamento utilizado para moer o trigo, centeio ou cevada pode acabar contaminando a aveia com o glúten. Limpar o maquinário a cada vez que for processar a aveia é muito caro e trabalhoso. Porém existem produtores de aveia, nos Estados Unidos, que tomam todos os cuidados para que ela chegue livre de glúten no seu prato. Ao contrário do que muitos pensam, a aveia sem glúten foi cuidadosamente manipulada para que não houvesse contaminação durante todo o seu processo. E não que tenha tido os traços de glúten removidos uma vez que a aveia originalmente não contém glúten.

Devido a essas formas de contaminação a maior parte das aveias comercializadas aqui no Brasil contém traços de glúten e não podem ser certificadas como livres de glúten.  Assim, podendo prejudicar, ou não a saúde dos celíacos ou pessoas com intolerância ao glúten.

 

Foto ilustrativa retirada do google.

 

 

 

A Minha Pasta de Dente – Cúrcuma

Não sei porque o mundo tem que girar em torno de artigos científicos, como se pudéssemos e devêssemos acreditar em todos eles sem reparar na tendenciosidade de muitos deles. Há algumas semanas atrás eu postei uma foto da receita do meu desodorante caseiro nas minhas redes sociais e não imaginava o tremendo sucesso que faria. Percebi que as pessoas gostam de ter mais conhecimento para produzir suas próprias necessidades pessoais (assim como aprender a cozinhar, costurar, escrever, ler, plantar, etc). Então hoje eu resolvi postar a foto da pasta de dente que uso já há alguns meses com o mesmo intuito de mostrar alternativas aos produtos industrializados que muitas vezes não oferecem muitas escolhas ao consumidor. Porém, parece que eu ofendi profundamente a comunidade odontológica nas redes sociais quando disse que usava cúrcuma no lugar da pasta de dente e achava isso mais saudável por não conter flúor (pois acho o flúor um “porcarito”). Eu já respondi a alguns comentários, escrevi brevemente no facebook sobre a postagem, mas resolvi publicar esse texto com alguns artigos científicos relacionados ao beneficio da cúrcuma na saúde bucal e dentaria para ver se assim, com os tais artigos científicos, muitos possam abrir as suas mentes e quem sabe começar a fazer seus próprios estudos aqui no Brasil!!!

Eu conheço bem os benefícios da cúrcuma há muitos anos quando comecei a estudar nutrição ayurvédica e faço uso dela na minha alimentação com frequência. Assim como também consumo a cúrcuma muitas vezes para sarar um machucado, um corte, uma inflamação aguda, etc. Porém fui pesquisar sobre os benefícios da cúrcuma na saúde dentária há pouco tempo e me surpreendi com os bons resultados. Não deixo de usar pasta de dente sempre que posso somente por causa do flúor, mas principalmente por causa dos vários outros químicos que não gostariam de estar em contato ou ingerindo!

E para aqueles que gostam de experimentar coisas novas, o bochecho com óleo de coco no lugar do enxaguante bucal também é ótimo!!!

Segue alguns artigos (de muitos) que mostram os benefícios da cúrcuma e seus derivados para a saúde dentária e bucal. Assim como olhares sobre o consumo de flúor e outros métodos para conservar a higiene e saúde bucal! Boa Leitura.

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3633300/

http://ecancer.org/news/7234-curry-ingredient-offers-potential-therapy-for-cancers-caused-by-hpv.php

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3498709/

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25210256

http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2015/04/25/coconut-oil-toothpaste.aspx

http://www.cdc.gov/nchs/data/databriefs/db53.htm

http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2013/04/30/water-fluoridation-facts.aspx

http://www.enxaqueca.com.br/enxaqueca/enx_fluor1

 

O estado que as coisas eram antes da Bela Gil

Hoje recebi este texto no email de uma carinhosa espectadora. Querida Luciana Pego, não tenho nem como agradecer essa linda e verdadeira forma de carinho comigo e que estende-se a todas as minorias do nosso gigantesco mundo. Vc tirou as palavras do meu peito!!!

[IN STATU QUO RES ERANT ANTE BELLUM]
Ou “o estado que as coisas eram antes da Bela Gil”.*
De repente, no meio de trocentos programas de culinária na TV surge uma menina ‘brejeira’ no jeito e nas palavras e começa a falar de uma forma diferente de olhar para o alimento, uma forma mais natural, menos processada e mais saudável.
E então, programa após programa, ela começa a descascar como numa cebola, algumas camadas de conceitos culturais que por muitos anos estiveram estacionados nas nossas cabeças sem os questionarmos.
Aí algumas pessoas que já vinham de uma jornada de busca por consciência e conhecimento um pouco mais profundo que os oferecidos na novela das nove, de imediato se regozijam de felicidade por, enfim, poder aprender coisas que serão úteis para o seu dia-a-dia, ampliando suas possibilidades de cardápios, modos diversos de preparo dos alimentos, ingredientes pouco ou totalmente desconhecidos, e novas possibilidades de recriar pratos da nossa memória afetiva de uma forma diferente.
Ela substituiu o açúcar refinado pelo melado, ela falou dos benefícios de se usar o óleo de coco no dia-a-dia, ela trouxe a pauta dos orgânicos para a mesa em todas as refeições, ela atiçou a nossa curiosidade por ler os rótulos dos produtos que consumimos, ela falou de aproveitamento máximo dos alimentos e de um movimento super coerente chamado slow food que repensa toda a cadeia produtiva do alimento até que ele chegue na nossa boca.
Ela também provocou pais e mães a reavaliar a alimentação dos filhos, mostrou que merenda é algo que faz parte da rotina diária da criança e por isso deve ser considerada como parte fundamental na formação de hábitos nos pequenos, e mostrou o quanto o exemplo dos pais/adultos é importante nesse processo.
A Bela fez muita gente começar a cultivar uma horta, a voltar pra cozinha e retomar o gosto e o cuidado pelo preparo do que vai alimentar o seu corpo – e porque não a sua alma, a cozinhar com as crianças ampliando seu vínculo tanto com os pais quanto com a alimentação responsável, promoveu a marmita ao posto de melhor alternativa para comer fora de casa, e criou um espaço sensacional para falar de “alternativas” ao que está culturalmente pré-estabelecido.
Mesmo ali, falando dentro do seu universo de formação ‘oficial’, ela já vinha sendo enxovalhada de críticas e chacota, não só ela, obviamente, mas todos os que escolheram pra si esse caminho que passa pela busca consciente de respostas que não encontravam lugar no caminho “tradicional” – como eu, inclusive.
Mas então a Bela decidiu compartilhar suas receitas caseiras e menos industrializadas para o seu desodorante e sua pasta de dente. Isso mesmo, ela “compartilhou” com os seus seguidores uma escolha sua, ela não fez apologia ao fechamento das universidades de medicina, ela não recomendou que todos deixassem de ir ao dentista, nada disso, ela apenas expôs uma escolha pessoal publicamente.
Eu juro que se eu não tivesse lido – e entrado no debate – eu não acreditaria em algumas coisas que eu li nos comentários que se seguiram de pessoas passionalmente iradas, raivosas, babando, profissionais ostentando seus diplomas e seus anos nos bancos de escola para desafiar a “cozinheira”, ofensas e comentários preconceituosos – classistas, raciais e profissionais, completamente alheios ao fato de que do outro lado há uma pessoa oferecendo sorriso, simpatia, informação e o seu melhor para aqueles em quem suas palavras encontram eco.
Assim, depois de tanta polêmica envolvendo a Bela, eu parei para tentar entender o porquê de tanta violência gratuita contra alguém que não somente pensa e age diferente como também enfrenta o status quo.
E percebi que os vegetarianos/veganos/alternativos não são diferentes dos gays, dos negros, dos umbandistas, dos pobres, das parideiras naturais e dos “diferentes” de maneira geral. Enquanto nas sombras, escondidos, acuados e invisíveis, não serão jamais pauta para o debate mas a partir do momento em que ganham espaço e expressão, que questionam a “normalidade”, aí a coisa muda de figura.
Quanto tempo ainda vão levar os brasileiros (porque roupa suja se lava em casa e cada cultura é muito diferente da outra) para aceitar que o espaço público é de todos, que ninguém é melhor que ninguém, que o conhecimento das rezadeiras e dos pajés não é menor do que o dos acadêmicos, que o moleque da favela pode frequentar o shopping, que o casal gay pode se beijar em público, que umbandistas devem ser respeitados, e que o mundo existe nas diferenças e nas relações que se criam no espaço entre elas?
Por que tanto terror quando alguém percorre uma rota diferente da estrada principal onde a maioria trafega?
Será o medo de perder poder, espaço, dinheiro, status ou orgulho? Tudo isso é culpa daquela entidade reconhecida pela psicanálise como Ego?
Gente, há espaço pra todo mundo, essa ideia colonialista de que uma cultura só pode existir destruindo a outra está ultrapassada, e quanto mais soubermos conviver, melhor será o mundo pra todos.
De verdade, ontem eu cheguei a ter pena de muita gente, pena pelo grau de envenenamento em que vivem, pelo quão contaminadas de ódio estão, considerando que a gente só pode dar aquilo que sobra dentro da gente, né?
Mas tive medo também, medo de precisar de um profissional de saúde e não saber a quem recorrer porque, pela amostra de cães raivosos que vi ali, pessoas sem o menor respeito pelo outro ser humano, respeito às escolhas individuais, de verdade, quem quer alguém assim por perto?
Depois dos últimos acontecimentos ando um tanto quanto temerosa, imaginando uma cena de violência física e verbal na cadeira de um dentista ao declarar, ressabiada, a opção pela não aplicação de flúor ao final da limpeza. Sério. Já me imaginei fazendo exame de corpo de delito.
Pelo visto os anos nos bancos da escola e os diplomas não dão conta do esvaziamento de valores da sociedade, né?
E enquanto isso as Belas seguirão surgindo para mostrar para os intolerantes que o mundo é muito maior do que o entorno do seu umbigo e que há muito, mas muito mais coisas para se aprender nessa vida do que poderemos em nossa breve passagem por aqui. Mas começar pelo respeito já seria muito bom.
—–
*A expressão do latim “in statu quo res erant ante bellum” significa “o estado que as coisas eram/estavam antes da guerra”, pela permanência, pelo conhecido, rotineiro.
Bellum se refere ao que é ‘bélico’, ou coisas relacionadas à guerra, mas no exemplo pode também ser aplicado à Bela, rs. E como incomodam as pessoas que questionam esse tal de status quo, né?
Enquanto eu lia meu livro preferido da minha pré-adolescência, jamais poderia imaginar que a ficção de Pedro Bandeira seria tão verídica, que havia no mundo pessoas tão agarradas à tal ‘droga da obediência’.

 

Melado de Cana Orgânico – Bela Gil

O Melado é um adoçante natural, uma boa opção para substituição do açúcar e muito nutritivo por ser rico em cálcio, magnésio e selênio.

Pensando nisso, me uni à Monama para lançarmos juntos o Melado de Cana Orgânico Bela Gil, que como o nome diz é orgânico e sem aditivos químicos, claro!

Abaixo você pode encontrar algumas receitas de pratos deliciosos que usam o melado:

 

·         Granola com frutas

·         Torta gelada de frutas vermelhas

·         Mousse de chocolate

 

Você já pode encontrar os Melados Bela Gil pelo Brasil nas lojas abaixo ou no site da Monama.

Mundo V Recreio (RJ)
Fontes Ipanema (RJ)
Kitanda Prod. Saudáveis (PR)
Villa Verde (MG)
Gávea Integral( RJ)
Bem Vivo (RJ)
Nutri Bem(MG)
Cia das Nozes e Castanhas(SC)
Quintal Orgânicos (ES)
Empório Verde RJ
Marina Coisas da Roça (MG)
Armazen Sem Glúten (SC)
Cia Saúde Joinville (SC)
Mundo V Jd Botânico (RJ)
Via Verde Laranjeiras(RJ)
Veganza Vitória(ES)
Estação Verde Petrópólis (RJ)
Via Verde Prezunic (RJ)
Ponto Natural Vila Velha (ES)
Bendita Horta (RS)
Empório Bem Viver (MG)
New Vita Prod. Nat(SC)
AM PM Loja de Conv(RS)
Pedaço da Natureza (SC)
Mundo V Iguatemi Florianópiolis(SC)
Loja Korin Copacabana (RJ)
Papa Capim – Natal - RN
Nutrimaster – Salvador - BA
Fribal – São Luís - MA
Mundo Verde Lago Sul – Brasília - DF
Bienutrir – Fortaleza - CE
Ponto Natural Goiânia – Goiânia – GO 
Armazem 420 – Caeté-Açu - BA
Mundo V Campo Belo – SP
100g de Centeio – Campinas
Mundo V Jardim Sul – SP
Empório Bacalhau – SP
Cogeb Supermercados – Rio Claro
Empório Tapioca – Taubaté
Zona Cerealista – SP
Vitalitê Dietas – Marilia

Se quiser saber mais sobre os benefícios do melado leia o post “Açúcar: qual seria o mais indicado” aqui.

 

Bom apetite!

Já tá no forno o livro “Bela Cozinha 2”!

[:pb]

Capa do livro "Bela Cozinha 2"

Capa do livro “Bela Cozinha 2”

 

O Bela Cozinha é um programa onde eu tento divulgar a visão mais ampla da alimentação saudável e mostrar às pessoas que a escolha da nossa comida impacta o mundo de diversas maneiras.  Eu considero que comida e o ato de cozinhar sejam ferramentas politicas, econômicas, sociais, ambientais e de saúde. Por isso devemos escolher bem o que comemos e oferecemos à nossa família. Este livro apresenta receitas e pratos muito saborosos feitos com ingredientes saudáveis que irão beneficiar a nossa saúde e o planeta.

Selecionei algumas receitas imperdíveis das temporadas 2, verão e 3 do Bela Cozinha para vocês poderem experimentar e constatar a delicia que é se alimentar com o melhor combustível pro ser humano: a comida de verdade! As receitas desse livro são em sua maioria baseada em frutas, legumes e verduras, sempre frescos, naturais e livres de agrotóxico, que podem ser usadas no dia a dia e em ocasiões especiais. Aproveitem

Pré-venda disponível nos sites:

FNAC -bit.ly/bc2fnac

Saraiva – http://bit.ly/bc2saraiva

Travessa – bit.ly/bc2travessa

Folha – bit.ly/bc2folha

Extra – bit.ly/bc2extra

Casas Bahia – bit.ly/bc2casasbahia

Cia dos livros – bit.ly/bc2ciadoslivros

 

[:en]

 

O Bela Cozinha é um programa onde eu tento divulgar a visão mais ampla da alimentação saudável e mostrar às pessoas que a escolha da nossa comida impacta o mundo de diversas maneiras.  Eu considero que comida e o ato de cozinhar sejam ferramentas politicas, econômicas, sociais, ambientais e de saúde. Por isso devemos escolher bem o que comemos e oferecemos à nossa família. Este livro apresenta receitas e pratos muito saborosos feitos com ingredientes saudáveis que irão beneficiar a nossa saúde e o planeta.

Selecionei algumas receitas imperdíveis das temporadas 2, verão e 3 do Bela Cozinha para vocês poderem experimentar e constatar a delicia que é se alimentar com o melhor combustível pro ser humano: a comida de verdade! As receitas desse livro são em sua maioria baseada em frutas, legumes e verduras, sempre frescos, naturais e livres de agrotóxico, que podem ser usadas no dia a dia e em ocasiões especiais. Aproveitem

Pré-venda disponível nos sites:

FNAC -bit.ly/bc2fnac

Saraiva – http://bit.ly/bc2saraiva

Travessa – bit.ly/bc2travessa

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Casas Bahia – bit.ly/bc2casasbahia

Cia dos livros – bit.ly/bc2ciadoslivros

 

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Lanche do Avião, que lanche?

Para quem se preocupa com a alimentação, não só em relação aos valores nutricionais, mas também socioculturais e ambientais acredito que não consigam comer os lanchinhos oferecidos na maioria das companhias aéreas do Brasil. Os exemplos de lanches que tenho reparado frequentemente são refrigerantes ou suco de caixinha, sanduiches de queijos e embutidos, barrinhas de cereal, biscoitos doces e bolachas salgadas, nada muito apetitoso (pra mim), quiçá nutritivo.

Recentemente numa ponte-aérea do Rio pra SP, fiquei abismada com a opção de lanche que o avião oferecia e mais intrigada ainda de ver que praticamente o avião inteiro aceitou o lanche de uma forma entusiasmada. Isso me fez pensar se as pessoas sabem o que estão comendo, se querem saber o que estão comendo e se se interessam sobre os impactos da alimentação nas próprias vidas e no mundo? Será que querem?

Querendo ou não, eu me sinto na responsabilidade de alertar sobre o consumo excessivo de alimentos altamente processados que prejudicam a nossa saúde e a nossa vida de diversas maneiras. Uma vez que escolhemos um refrigerante para tomar, excluímos a opção da água (ninguém costuma tomar um refrigerante acompanhado de água), uma vez que escolhemos um biscoito recheado, excluímos a opção da fruta (ninguém costuma comer biscoito recheado acompanhado de fruta) e assim por diante… Por isso esses produtos altamente processados devem ser exceções nas nossas vidas. E tenho quase certeza que a maior parte dos passageiros daquele avião não veem a ponte aérea como uma exceção em suas vidas.

Tirei uma foto do lanche para poder descrevê-lo pra vocês da maneira que o vejo:

1 copo de 200ml do refrigerante tinha: 85 Kcal e 21 gramas de açúcar.

1 pacotinho de 30g da bolacha salgada tinha: 91kcal e 13g de carboidrato (infelizmente eles não colocaram no rótulo a quantidade de açúcar presente no biscoito. Sim, esse biscoito salgado contém açúcar e açúcar invertido).

1 pacotinho de 30g do biscoito doce tinha: 144 kcal e 11 gramas de açúcar.

Não quis contabilizar a quantidade de sódio, nem de gordura e nem de proteína. Quis focar na quantidade absurda de açúcar que um lanchinho desses nos fornece. No total foram 32g de açúcar, 128% do valor diário recomendado pela Organização Mundial de Saúde para o consumo de açúcar. Ou seja, esse lanche por si só já ultrapassa a quantidade de açúcar que poderíamos comer durante 1 dia para manter uma dieta saudavél. Somos uma sociedade viciada em açúcar? Sim. Essa é a causa de muitas doenças crônicas como câncer, obesidade, cárie e diabetes? Sim. Devemos regulamentar o consumo do açúcar e alertar a população sobre o seu abuso? Sim.

Então, não tenham vergonha de andar com uma maçã na bolsa, algumas castanhas, um biscoitinho feito em casa, algumas frutas secas e uma garrafinha de água. Pois além de nos forcener vitaminas e minerais, nos fornece energia vital, sopro de vida!!! A saúde do corpo e do planeta agradecem.

Canal da Bela

Olá gente querida, tenho uma ótima notícia pra vocês! 

Cheguei no YouTube com o Canal da Bela! Lá faço vários vídeos bem bacanas e informativos pra vocês. Acho que será uma maneira super gostosa e informal da gente se conectar e poder trocar sabedorias. Tem vídeos sobre ingredientes que uso no meu dia a dia e receitas bem práticas para começar uma alimentação mais saudável e conectada com a natureza. Tem também os vídeos nos quais respondo perguntas feitas por vocês e mais vídeos por vir sobre cosméticos naturais, entrevistas com personalidades preciosas no mundo da alimentação e saúde, desafios, dicas de maternidade e lancheira infantil (que pode ser de adulto também, hahaha).

Espero vê-los no Canal da Bela e por sugestão de vários leitores, quem quiser compartilhar as receitas é só usar a #BelaEuQueFiz. Vamos compartilhar coisa boa!!! 

Um beijo em cada um de vocês.

Ah, e o link pra conhecer o canal é bit.ly/canaldaBela . Vejo vocês lá!

A Alimentação Viva ou Crudivorismo

Todas as filosofias e dietas alimentares são de grande importância para os seres humanos. Porém nem todos os seres humanos se encaixam numa mesma dieta. E o crudivorismo não deixa de ser mais um exemplo de alimentação que agrada e faz bem a uns e nem tanto aos outros.

A alimentação crua desencoraja o consumo de qualquer alimento que foi aquecido acima de 45º – 50º Celsius. Pois quando esquentamos a comida acima dessa  temperatura, destruímos as enzimas dos alimentos que ajudariam na nossa digestão.  Porém, quando cozinhamos e mastigamos bem os alimentos, conseguimos quebrar melhor a parede celular dos vegetais e assim assimilar melhor os nutrientes.

A premissa básica da teoria da comida crua é que nós, seres humanos, somos a única espécie que cozinha o próprio alimento, e no seu estado natural, o alimento é composto por células vivas. Então, os adeptos do crudivorismo enxergam os alimentos cozidos ou aquecidos como mortos e sem vida.

O alimento cru é muito limpo e refrescante para o corpo, o que se torna muito bom para as pessoas que consomem muita carne e alimentos processados frequentemente. Assim como no jejum, a alimentação viva ajuda a eliminar toxinas com rapidez e eficácia. Então para as pessoas que querem emagrecer, desintoxicar ou experienciar a clareza mental, física e espiritual, é aconselhável seguir a dieta crua, por pelo menos um tempo. Comer alimentos crus também podem melhorar a digestão e aumentar a vitalidade. Além de ser uma dieta altamente sustentável e ecológica!!! Com isso, ela pode levar a uma profunda conexão espiritual com a natureza e promover o autoconhecimento. Mas um dos maiores benefícios de seguir a alimentação viva, é que consequentemente as pessoas deixam de consumir alimentos altamente processados, industrializados, gordurosos e açucarados.

Por outro lado, essa dieta não é muito adequada para as pessoas cujos organismos são mais fracos e que precisam de mais sustância na alimentação e na vida. Usando um termo de outra filosofia alimentar, a macrobiótica, as pessoas que são muito yin, ou seja, que são de natureza fria, e normalmente altas, longe líneas, magras, emotivas e avoadas, precisam de uma dieta mais quente e energizante.  E com um efeito bem refrescante no organismo, a dieta crua pode ser difícil de sustentar em lugares onde o inverno é bem rigoroso. Por isso aconselho a experimentarem a alimentação viva durantes os meses de verão, porque é quando o corpo processa melhor os alimentos no seu estado cru.

Alguns crudivoristas são muito inflexíveis na sua crença de que o alimento cozido é
impróprio para consumo humano. Alguns comem 100% cru, outros cerca de 75% cru e alguns apenas 15%. Cada dieta tem o seu valor e como acredito na cura pela alimentação, acho que a dieta crua, seguida por um período limitado para prevenir ou curar alguma alopatia é maravilhosa. E a depender do caso, encorajo as pessoas a acrescentarem alimentos crus na dieta, observando como isso lhes afeta!

Obs: Foi apenas depois da descoberta do fogo que houve um rápido aumento no tamanho do nosso cérebro. Pois assim, conseguiamos ingerir a quantidade de calorias diárias suficiente para faze-lo crescer. Mas hoje o feitiço virou contra o feiticeiro e as calorias que sobram nos engordam e nos adoecem.